Como as crianças têm se relacionado com o mundo digital? E qual o papel das famílias, escolas, empresas de tecnologia e do governo nessa interação? Para discutir sobre os desafios inerentes ao tema, o Instituto Alana – com o apoio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), da SaferNet e do portal Lunetas – realizou uma série de conversas online, que reuniu especialistas das áreas de educação, psicologia, tecnologia e direito.
Foram ao todo seis transmissões ao vivo entre os dias 26 de junho e 14 de agosto de 2020. Caso você não tenha assistido ou queira rever algum dos encontros, todos eles estão disponíveis, com recursos de acessibilidade, aqui mesmo no site na área "sobre os encontros" ou no canal do Instituto Alana no YouTube.
Nesta área você preenche o formulário de inscrição e também assiste à transmissão ao vivo. No dia do evento você terá como chave de acesso à live o e-mail inserido no cadastro.
Esses dados serão usados exclusivamente para enviar comunicações sobre o evento e os temas abordados.
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Crianças no ambiente digital: oportunidades e desafios
Todas as crianças têm o direito de desenvolver uma relação com o ambiente digital onde prevaleçam as boas experiências – conexões significativas, aprendizados com sentido, diversão saudável – e nas quais sua privacidade e capacidade de se desconectar sejam respeitadas. Quais são os desafios e as oportunidades no percurso da garantia desse direito? O que cabe às famílias, às escolas, ao governo e às empresas e plataformas de tecnologia?
Psicanalista, mestre e doutora em Psicologia pela USP e diretora do Instituto Gerar. É também autora dos livros “Mal-estar na maternidade” (2015), “Criar filhos no século XXI” (2019) e colunista da Folha de São Paulo.
Diretor de educação da SaferNet Brasil. Doutor em psicologia social e pesquisador pós-doutorando na área de interações sociais e privacidade nos ambientes digitais na Pós-Graduação em Psicologia da UFBA.
Jornalista e diretora executiva do Instituto Alana.
O papel das famílias na relação da criança com o mundo digital
Adultos e crianças usam as telas de muitas e variadas formas. Simultaneamente há muitas estratégias ao alcance das famílias que podem contribuir para o desenvolvimento de uma relação saudável, criativa e segura com o ambiente digital. Há que se avaliar qual delas faz mais sentido em cada fase da infância e, acima de tudo, fazer da tecnologia uma experiência compartilhada entre crianças e adultos.
Presidente do Raul Hacker Club de Salvador Bahia e idealizadora do Crianças Hackers. É pedagoga, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutora em Educação na linha de pesquisa Currículo e (In)Formação.
Autora do livro “Tela com cautela. Um guia prático para criar filhos na era digital (sem perder a sanidade)” (2019). É escritora, palestrante, empreendedora e nômade digital.
Pesquisadora do programa Criança e Natureza do Instituto Alana.
A participação das crianças no mundo digital
O mundo cada vez mais conectado tem promovido mudanças significativas na maneira como as crianças vivem e aprendem. Essas modificações trazem muitas oportunidades – como novas formas de expressão, linguagem e interação – mas também muitos desafios, como exposição a vários tipos de violência e à violação de direitos. A cidadania digital deve fazer parte do currículo escolar e contribui para que as crianças tenham responsabilidade pela escolha do conteúdo e por suas ações ao usar a internet, telefones celulares ou outras mídias digitais.
Cofundadora do projeto Minas Programam. É designer, ilustradora, programadora e estudante de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Coautora do livro "Inovação de Mulheres Negras - táticas e políticas do cotidiano" (2019).
Coordenadora do Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Juventude e Mídia da Universidade Federal do Ceará (UFC). É mestre em sociologia pela UFC e doutora em ciências sociais pela Unicamp e autora do livro "Televisão, publicidade e infância"(2004).
Coordenadora de Educação do Instituto Alana.
Tecnologia como oportunidade de educação para todos
A conversa sobre tecnologia, infância e educação passa pelo reconhecimento de que somos diferentes e temos necessidades e caminhos diversos de aprendizagem, de compreensão, participação e expressão no mundo. Uma escola para todos assume a perspectiva da educação integral como eixo e a eliminação de barreiras e criação de apoios para que todas as pessoas possam ter um desenvolvimento pleno na vida e na sociedade.
Diretora da Assistiva Tecnologia e Educação. Possui formação pela Universidade Estadual de Northridge, EUA, e pela Fundação Don Carlo Gnocchi de Milão, Itália. É membro da ISAAC e da ISAAC Brasil e do Comitê de Ajudas Técnicas da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Educadora e empreendedora social da empresa Alfabantu. Escritora do livro infantil bilíngüe “Lukenya e Seu Poder Poderoso” (2019). É especializada em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e atua como docente do Estado de São Paulo.
Coordenadora de Educação do Instituto Alana.
Como garantir os direitos das crianças no mundo digital?
Segundo o artigo 227 da Constituição Brasileira, a criança deve ter seus direitos assegurados, com prioridade absoluta, por Estado, família e toda sociedade, e seu melhor interesse considerado em qualquer tipo de relação. Essa premissa se estende ao ambiente digital e revela a necessária responsabilização de diversos atores pelo desenvolvimento de uma experiência adequada para toda criança.
Graduada em comunicação social pela PUC-SP, é também formada pela Escola de Governança da Internet do CGI.br. Atual coordenadora do Intervozes e representa órgãos de defesa dos consumidores no Comitê de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações (CDUST) da Anatel.
Mestre em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB). É professor universitário e pesquisador (UniCEUB). Ativista, cofundador do Partido Pirata. Foi gestor do projeto de elaboração coletiva do Marco Civil da Internet (SAL-MJ).
Responsável pelos estudos de desigualdade e infâncias do Instituto Alana.
Exploração comercial da criança no mundo digital
Com o objetivo de assegurar a ampla proteção dos direitos das crianças, é fundamental que os desenvolvedores de tecnologias estejam atentos às necessidades específicas dessa população. Os direitos das crianças precisam ser considerados e incorporados ao processo de desenvolvimento de produtos e plataformas desde o design, tendo garantida a proteção frente a violências e a exploração de todo tipo, inclusive comercial.
Advogado formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e PhD em direito civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É consultor da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon) e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). É membro do Conselho Consultivo para Privacidade do grupo Global Pulse da Organização das Nações Unidas e do InternetLab.
Advogada, gerente do jurídico do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). É mestre em direito civil pela PUC/SP e professora convidada nos cursos de pós-graduação de direito eletrônico da Escola Paulista de Direito e do Insper. Autora do guia “Internet com Responsa - cuidados e responsabilidades no uso da Internet para pais, educadores e adolescentes”.
Advogada e diretora executiva do Instituto Alana.
Perdeu alguma das conversas? Nesta área você encontra os bate-papos na íntegra, além de conferir a cobertura completa do evento feita pelo portal Lunetas.
Quer saber mais sobre infância e tecnologia? Abaixo fizemos uma curadoria de conteúdo sobre o tema. São artigos, matérias e vídeos que podem ajudar a aprofundar mais sobre esse universo.
As crianças e adolescente, por estarem em fase peculiar de desenvolvimento, são mais suscetíveis aos apelos publicitários. Nessa matéria algumas dicas de como ir contra a pressão do mercado.
Número de RG, de telefone, da conta bancária, conversas particulares. Hoje em dia esses dados se transformaram numa das mercadorias mais valiosas.
O manual direcionado ao público jovem dá dicas sobre a importância de se conhecer os direitos e responsabilidade de quem navega na internet.
O artigo de Livia Cattaruzzi e Pedro Hartung, do Instituto Alana, fala sobre as mudanças na política de publicidade infantil nas plataformas de vídeo.
Os dados coletados pelas plataformas utilizadas para o ensino a distância são extremamente valiosos. O uso indiscriminado desses dados pode ter impactos profundos na vida desses futuros adultos.
Apesar das plataformas de vídeos terem evoluído, tendo mais qualidade de imagem e maior variedade, o conteúdo dedicado às crianças ainda inspira cuidados, principalmente no que se refere à privacidade do público infantil.
No Brasil, 75% das crianças acessam a internet mais de uma vez ao dia e grande parte dessa navegação é em plataformas que extraem dados confidenciais de seus usuários para lucrar.
O texto de Pamela Saunders Uchôa Craveiro traz para o debate a dimensão ética das estratégias publicitárias direcionados às crianças na internet, principalmente, aquelas integradas ao conteúdo de entretenimento.
No artigo, Marina Pita, do Intervozes, e, Pedro Hartung, do Instituto Alana, discorrem sobre como é importante, para que a liberdade de pensamento das crianças possa existir, garantir que elas não sejam monitoradas na Internet.
Paulo Rená, advogado, professor com PhD em Direito Civil, comenta sobre como a tecnologia facilita o acesso à vida privada e explica também porque a privacidade no mundo digital é um direito de todos.
O artigo de Isabella Henriques e Pedro Hartung, do Instituto Alana, chama atenção para o fato de que no caso das crianças e adolescentes, essa coleta de dados pessoais pode orientar o direcionamento de publicidade de produtos.
No artigo a seguir, Marina Pita, do Intervozes, faz uma reflexão sobre as condições necessárias para que crianças e educadores tenham a possibilidade de manter processos de ensino e aprendizagem remotos no período de pandemia.
Embora a internet seja fundamental para o exercício da cidadania, 5 milhões de crianças e adolescentes no Brasil não têm acesso a esse direito. Algumas crianças, que vivem o mundo mais desconectadas, compartilharam suas experiências com o portal Lunetas.
Levantamento do Datafolha, encomendado pelo Instituto Alana, revela que aproximadamente nove em cada dez brasileiros acreditam que as escolas se tornam melhores ao incluir crianças com deficiência.
O Mudalab realiza um curso para a construção de materiais pedagógicos acessíveis para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem de estudantes com e sem deficiência.
No artigo a seguir, Rita Bersch aborda os conceitos de desenho universal e tecnologia assistiva aplicados à educação.
Com o aplicativo Alfabantu, criado por Odara Delé, a língua africana kimbundu ensina sobre a cultura afrobrasileira e traz a historicidade de um povo e sua importância na sociedade
O artigo aborda como youtubers mirins brasileiras se comportam na Internet. Quais os tipos de conteúdos que estas crianças criam e partilham?
A instituição é um polo de atividades lúdicas e culturais para as crianças, espaço de empoderamento, de formação e de fortalecimento coletivo.
Nesta entrevista, Ariane Cor fala sobre a iniciativa de ensinar programação às meninas e sobre o preconceito que existe no meio.
Criada por alunas da Escola Estadual Indígena Pankararu Ezequiel (PE), a campanha contra o preconceito é veiculada no canal do youtube Rádia Cunhã.
Alunas do Centro de Educação Municipal Florindo Silveira, na Bahia, construíram um livro digital para reduzir casos de racismo e preconceitos na região.
O guia criado pelo Nic.br contém instruções essenciais sobre como usar a internet de forma consciente e responsável na sala de aula e estimular um uso positivo das tecnologias na escola.
Crianças e jovens têm utilizado plataformas digitais para mostrar que têm voz, promover causas e desenvolver projetos de impacto social.
A publicação tem como objetivo ajudar pais, mães e responsáveis a orientar as crianças no que diz respeito a bons hábitos tecnológicos.
O "sharenting" é um hábito bem atual de familiares de publicar fotos, vídeos e relatos sobre a vida dos filhos. Essa exposição é algo necessariamente ruim? Quais cuidados todos precisam tomar?
Conheça os principais resultados da pesquisa que se dedica a compreender como a população de 9 a 17 anos de idade utiliza a Internet e como lida com os riscos e as oportunidades.
O Portal Lunetas entrevistou a psicanalista Vera Iaconelli sobre os desafios da parentalidade na era digital e o limite do cansaço ao qual chegaram as mulheres com acúmulos de jornada.
No guia "Internet segura para seus filhos”, resultado da parceria entre CERT.BR, NIC.BR e CGI.BR, você tem acesso a dicas e sugestões para que familiares possam auxiliar as crianças a utilizar a internet de maneira mais responsável.
Um guia para te ajudar a ter uma experiência mais positiva, equilibrada e inspiradora no Instagram.
Aprimorar o contato da criança com a natureza é um desafio coletivo: envolve a família, a escola e a própria tecnologia, entendendo que todos são aliados na reconstrução desta interação.
Alguns especialistas defendem que manter crianças em frente a telas não é nocivo por si só, mas que algumas decorrências disso podem vir a ser. Assista ao episódio Criança e Tecnologia da série O Começo da Vida!
Para contribuir com o momento que estamos vivendo e auxiliar famílias nas relações das crianças com as telas lançamos uma série de vídeos com depoimentos dos nossos especialistas.
Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza, responde como equilibrar experiências digitais com outras atividades que não acontecem nas telas.
Maria Isabel Barros, pesquisadora do programa Criança e Natureza, responde o que importa mais, tempo de tela ou qualidade de conteúdo.
Pedro Hartung, coordenador dos programas Criança e Consumo e Prioridade Absoluta, responde como ficam nossos dados pessoais na internet.
Raquel Franzim, coordenadora de Educação do Instituto Alana, responde como equilibrar experiências digitais com outras atividades que não acontecem nas telas.
Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza, responde como a tecnologia pode ajudar as crianças a enfrentarem esse período.